Patrimônio Espiritual

O zelo maternal do Divino Amor de Maria, Mãe com a criança é o grande patrimônio espiritual do Instituto

“Nossa Senhora é chamada Mãe do Divino Amor porque ela gerou o Divino Verbo de Deus que é o Amor do Pai, sua essência. Do Pai tem origem tudo. Tudo está Nele e o seu amor para a humanidade se manifestou na encarnação, paixão e morte na cruz do seu Filho Divino”.

Com essa mensagem, o querido fundador do Instituto Maria Mãe do Divino Amor, Padre Attílio Berta definiu o patrimônio espiritual que alicerça a obra de nossa organização: zelo maternal com a criança e o Divino Amor de Maria, Mãe.

A expressão do espírito que dá vida ao Instituto também emanou, curiosamente, de duas obras de arte que inspiraram as ações e o próprio nome da organização.

Em 1984, diversos eventos interligados contribuíram para a gestação, eclosão e escolha do nome do Instituto. Padre Attílio começava a lidar com as crianças e adolescentes em situação de rua que circulavam sem rumo pelas imediações da Catedral de Sant’Anna, em Mogi das Cruzes. Na mesma época e lugar, o grupo das discípulas de Maria havia se formado.

“A Virgem Com O Menino” de Maria Emiko

Segundo Padre Attílio, Nossa Senhora manifestou o desejo de que as discípulas a venerassem numa mensagem em que ela aparecesse junto ao menino Jesus.

O Padre Attílio pediu a Maria Emiko – figura mística da comunidade de devotas – para que pintasse um quadro de Maria com o menino Jesus. Apesar de nunca ter pintado figuras humanas, Emiko atendeu o pedido. Em 07 de dezembro de 1984, Emiko presenteou Padre Attílio com o quadro a óleo “A Virgem Com O Menino”.

No grupo de aproximadamente 80 crianças e adolescentes atendidos por Padre Attílio na Catedral, criar um ambiente tranquilo dependia de um milagre. Não era possível reuni-los para fazer uma oração ou qualquer iniciativa em prol de sua educação. A assistência de Attílio havia acabado de começar, a vulnerabilidade social era imensa e imperava a desordem, desobediência e violência.

Tudo começou a mudar quando o quadro de Emiko foi pendurado no salão da Catedral. Foi como ter dado uma mãe para aquelas crianças. A ordem foi retomada e criou-se um ambiente sereno. Os rompantes de violência desapareceram. Reunidas em frente à tela, as crianças passaram a orar para Maria, que operava ali mais um de seus milagres.

Desde então, alguma imagem de Maria sempre foi colocada em qualquer ambiente em que havia assistência às crianças pelo Instituto.

“A Virgem Com O Menino”, Óleo sobre tela (50×60 cm) de Maria Emiko.

“A Virgem Com O Menino”, Óleo sobre tela (50×60 cm) de Maria Emiko.

A Mensagem em “A Virgem Com O Menino”, segundo Pe. Attílio Berta

“Observe a preocupação de Maria, marcada ainda pelas lágrimas que saem dos seus olhos. O menino que dorme em seus braços mostra a necessidade de os Discípulos e as Discípulas se tornarem pais e mães da criança carente, preocupados por aquilo que poderia acontecer sem o amor materno e paterno.

Os lírios abertos e os que estão a abrir representam as discípulas que estão iniciando a obra de assistência às crianças. Os discípulos e as discípulas nascem aos pés de Maria, como flores que alegram o Coração dela e de Jesus (que, dormindo, segura flores).

A árvore não é para ornamentar. Ela remete a um dia de sol no Sítio Bethânia, quando a árvore que procuramos para aproveitar da sombra começou a gotejar, como se estivesse chovendo. A natureza participava do sofrimento de Nossa Senhora que chorava pelas crianças abandonadas ou maltratadas. O quadro é um convite à associação para assumir as crianças carentes, protegê-las e amá-las”.

O Quadro Definitivo

Apesar da simbologia e do empenho devotado de Emiko, seu quadro não agradou todas as discípulas. A sensação de que aquele não era o quadro definitivo se confirmou, naquele mesmo ano, a partir de um inspirado retiro espiritual do qual Padre Attílio havia participado.

No Mosteiro de Itaici, em Indaiatuba-SP, Padre Attílio encontrou uma bela gravura de Nossa Senhora do Bom Conselho jogada no canto de uma sala, com a moldura quebrada. Captando sua atenção, a obra o fez meditar muito sobre a mensagem que poderia transmitir às discípulas.

Quando Pe. Attílio voltou do retiro, mostrou a gravura para Emiko, já com uma moldura nova e ela ficou maravilhada e revelou que havia tido uma visão sobre ele meditando diante do quadro com a moldura quebrada.

A experiência mística de Emiko foi recebida como um sinal de que a nova gravura era a definitiva. A partir daquele dia a obra (de autoria até hoje desconhecida e que ilustra o topo dessa página) foi adotada como imagem de devoção por toda a comunidade.

A partir de suas meditações a respeito de ambos os quadros, em nossa comunidade Nossa Senhora passou a ser chamada de Maria, Mãe do Divino Amor.

A Mensagem do “Quadro Definitivo”, segundo Pe. Attílio Berta

“Nossa Senhora é chamada Mãe do Divino Amor porque ela gerou o Divino Verbo de Deus que é o Amor do Pai, sua essência. Do Pai tem origem tudo. Tudo está Nele e o seu amor para a humanidade se manifestou na encarnação, paixão e morte na cruz do seu Filho Divino.

O quadro manifesta a alegria silenciosa de Maria amada pelo filho que a abraça e cola seu rostinho na mãe, carinhosamente.

O olhar sereno e alegre de Jesus para sua mãe parece confortá-la da preocupação que manifesta pela sorte dele e da humanidade.

A presença carinhosa do filho é a certeza que o dragão não atingirá aqueles que o Pai lhe confiou: as Discípulas e os Discípulos, as crianças por eles assistidos e todos que com eles se colocarem no caminho buscando fazer em tudo a vontade de Deus.

Maria tem a mesma atitude do quadro pintado por Emiko: medita sobre o valor do seu sim, sobre o sentido da sua total entrega ao Pai.

O menino dorme em seus braços, mas segura com firmeza a flor que lhe deu a mãe: seu espírito não dorme.

De cá, o menino conforta a mãe. O filho de Deus em forma de criança é como todas as crianças: o grande presente do Pai”.

O LOGOTIPO

Nossos relacionamentos institucionais e as exigências da comunicação num mundo hiperconectado demandaram a atualização de nossa imagem organizacional de maneira a fazer justiça ao nível de profissionalismo e credibilidade alcançados em mais de três décadas e, ao mesmo tempo, respeitar a iconografia tradicional do Instituto.

Com o lançamento do website do Instituto em abril de 2020, lançamos também nosso novo logotipo que profissionaliza, numa imagem simples, a síntese dos valores acumulados em mais de três décadas de atuação.

Além disso, o novo logotipo celebra o quadro encontrado por Padre Attílio Berta no Mosteiro de Itaici que, após 36 anos, ainda é o ícone dos valores e afetos – o acolhimento maternal e o Amor Divino – que estruturam o patrimônio institucional e espiritual do Instituto Maria Mãe do Divino Amor.

“A Virgem Com O Menino”, Óleo sobre tela (50×60 cm) de Maria Emiko.

Logotipo do Instituto Maria Mãe do Divino Amor.

CONCEITOS DO LOGOTIPO

A Virgem Maria e O Menino Jesus

O Divino Amor e o cuidado maternal. Na silhueta, a curva que une a Santa Mãe ao Menino Jesus representa o seio que alimenta, a mãe que acolhe a criança nos braços, o Amor de Deus no toque do Menino Jesus na face de Maria Mãe e o véu de Santa Maria. Sintetiza a imagem do quadro encontrado encontrado por Padre Attílio Berta no Mosteiro de Itaici.

O Coração

O Divino Amor. O desenho do coração sugere a barriga da gestante, os halos sagrados (auréolas) da Virgem e de Jesus e o véu de Maria.

A Psicologia das Cores

O Roxo representa a Espiritualidade, a Sabedoria, o Mistério, a Intuição, o Poder e a Confiança. O Vermelho remete à Paixão e à Ação. O Rosa simboliza o Amor, a Delicadeza e a Inocência.

Tipografia

O nome do Instituto Maria Mãe do Divino Amor é grafado com a fonte Trajan Pro que faz referência às letras gravadas nos monumentos romanos do primeiro século Era Cristã. Busca transmitir seriedade, confiabilidade e grandiosidade.