Nossa
História
Fundação
O Instituto Maria Mãe do Divino Amor foi fundado pelo Padre Attílio Berta em 1988
O Instituto Maria Mãe do Divino Amor nasceu no seio da Associação das “Discípulas de Maria, Mãe do Divino Amor”, na Catedral de Santana, em 1984, por iniciativa do Padre Attílio Berta que reuniu um primeiro grupo de moças que manifestavam a vontade de servir a Deus e à Igreja como “luz, sal e fermento” da vida cristã na sociedade.
Foi por meio da reflexão sobre os documentos do Concílio Vaticano II e de Puebla, que os olhos de Padre Attílio se abriram para a realidade do povo marginalizado.
Com o tema “Quem acolhe o menor, a Mim acolhe” e o lema “O menor não é problema, mas solução”, a Campanha da Fraternidade de 1988 chamava à reflexão sobre a necessidade de agir pela proteção da infância e juventude brasileira.
Naquela época, ainda não existia o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O apelo à ação concreta veio da visível vulnerabilidade social em que viviam os grupos de crianças e adolescentes, a cada dia mais numerosos, que tomavam conta de carros nas imediações da Catedral.
O atendimento a essas crianças e jovens teve início com ações de alfabetização (em conjunto com o PROFIC – Programa de Formação Integral da Criança da Secretaria Estadual de Educação), almoço comunitário (com alimentos doados nas missas dominicais) e atividades na Amdem, entidade local de defesa da criança e do adolescente que, depois de algum tempo, assumiu as iniciativas naquela paróquia.
Àquela época, a situação das crianças e adolescentes que ficavam ao redor da Catedral havia se agravado. A maioria era proveniente de cidades vizinhas, do Vale do Paraíba e viviam em situação de rua em Mogi das Cruzes. Muitos deles se ocupavam de roubos, assaltos e outros pequenos delitos, eram perseguidos pelos políticos locais e pela polícia e viviam em constante tensão e medo de serem presos. Não havia ação concreta positiva por parte das autoridades.
Para abrigar essas crianças e adolescentes, em agosto daquele ano, foi aberta a Casa da Criança Nossa Senhora Santana, no casarão situado aos fundos da Catedral, com autorização do Bispo diocesano Dom Paulo Mascarenhas Roxo.
A iniciativa mobilizou alegremente a comunidade com doações de colchões, beliches, roupas e alimentos, bem como a colaboração de voluntários que se dispuseram a assistir as crianças e adolescentes não somente na casa, mas também nas relações com o Poder Judiciário, os acompanhando nas idas a delegacias e fórum. Professoras, psicólogas e assistentes sociais se revezavam diariamente oferecendo aconselhamento e apoio.
Todos os atendidos foram matriculados nas escolas locais e os maiores, empregados por empresas da cidade.
Um grupo de casais apadrinhou as criança e adolescentes, assistindo-os com tudo o que fosse necessário para seu desenvolvimento e vários deles passavam férias com os padrinhos e madrinhas.
Infelizmente, o acolhimento ainda não dava conta das vulnerabilidades não superadas. Muitas dessas crianças e jovens voltaram à vida nas ruas e seus perigos: mortes decorrentes do envolvimento com o crime ou pelo uso de drogas, prisões e internações na Febem.
A comunidade do entorno e a mídia criticavam a ação da Igreja. Padre Attílio se sentiu forçado a atuar apenas com as crianças até 12 anos de idade, mas levou a situação ao prefeito que acabou apoiando a abertura de uma casa de acolhida para os adolescentes.
Em 3 de fevereiro de 2003, as crianças abrigadas na Casa da Criança do Centro, foram transferidas para o novo prédio da Casa da Criança Nossa Senhora de Santana, na Rua Antônio Fernandes, 90, Vila Ressaca.
Com essa mudança, a Casa da Criança Santana passa a fazer parte de um complexo maior: o Santuário Maria Mãe do Divino Amor.
A transferência contou com a parceria do Instituto Terra – Projetos Comunitários (que decorou a casa), da Conferência Nacional dos Bispos da Itália, Consulado do Japão, Cáritas do Japão e Central Geral do Dízimo.
Em 10 de abril de 2003, a solenidade oficial de doação dos equipamentos oferecidos à Casa da Criança pelo Consulado do Japão contou com a presença do Cônsul japonês no Brasil.
Em 2013, após 20 anos de atendimento, Casa da Criança Santana foi fechada e as crianças e adolescentes transferidos para outras casas de acolhimento.
EDUCAÇÃO INFANTIL
Escola Maria Mãe do Divino Amor – Unidade I
Outro marco do nascimento do Instituto foi a fundação da primeira Escola Maria Mãe do Divino Amor, em 1988, para oferecer educação infantil a crianças de 3 a 6 anos do Botujuru, bairro de extrema vulnerabilidade social de Mogi das Cruzes. Padre Attílio também atuava na Paróquia Sagrada Família, naquele bairro, ele decidiu estender o atendimento àquela localidade.
Ali, posteriormente, crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos (muitos deles, irmãos das crianças menores) foram também integrados, participando de atividades de reforço escolar, artesanato e orientação religiosa no salão da Paróquia Sagrada Família.
Escola Maria Mãe do Divino Amor – Unidade II
Entre a primeira escola e o bairro em que as crianças moravam, entretanto, havia uma estrada e a insegurança de sua travessia, sem passarela, causou acidentes e até mortes de crianças.
Para evitar a travessia e acabar com as fatalidades, em 1999, outra escola foi inaugurada, dessa vez do lado da estrada, mais próxima das casas das crianças. A Escola Maria Mãe do Divino Amor – Unidade II foi instalada na Estrada Mogi-Guararema, Km 10, no Botujuru, em terreno doado pela família das discípulas Laura e Virgínia, onde inicialmente fora construída uma pequena capela. Atualmente, a unidade atende, em período integral, crianças de 4 meses a 5 anos.
No início de 2017, a Unidade I da Escola Maria, Mãe do Divino Amor e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que também funcionava na paróquia foram transferidos do local de fundação, respectivamente, para os números 410 e 420 da Rua Rosário, no Botujuru, onde funcionam até hoje.
CEIC São Francisco de Assis
Em 2004, atendendo solicitação da Secretaria Municipal de Educação, o Instituto também começou a prestar serviços no CEIC São Francisco de Assis.
2ª Geração Atendida
Muitas crianças que atendemos hoje em nossas unidades no Botujuru são filhos das crianças que atendíamos na Unidade I em 1988.